Originalidade feminina

Dedurado por Juliana Daglio em 20:14

Nós mulheres gostamos muito de moda. Estamos todos os dias olhando vitrines, vendo catálogos, reparando nas roupas das modelos e atrizes que aparecem na tv e nas revistas para saber qual roupa está na moda, qual cabelo, qual sapato, que combinação.... enfim... estamos preocupadas o tempo todo se estamos encaixadas na moda ou não. Isso faz parte da cultura que o capitalismo nos impõe. Comprar significa estar dentro dos padrões. Mas até onde “andar na moda” e comprar é válido?Até onde cortar o cabelo igual ao da Mariana Ximenez, vestir as roupas da Cláudia Raia, comprar assessórios indianos para ficar igual à Maia são válidos?

Existem comportamentos que são comuns nas mulheres, mas também existem peculiaridades dentro de cada uma de nós que devemos, consciente ou inconscientemente, expressá-las. Claro que expressamos através de nosso jeito de ser, nossa personalidade, nosso modo de lidar com as pessoas e com os objetos a nossa volta, e com nosso humor que é o modo como respondemos a tudo no nosso dia a dia. Mas e as pessoas que nunca falaram conosco , apenas nos viram passando, elas não tem como saber como nós somos? Têm sim, não completamente, pois não se deve julgar pessoas pela aparência, mas eu digo em termos de personalidade. No jeito que nos vestimos, que combinamos cores, que nos maquiamos, nossos assessórios, tudo isso expressa nossas peculiaridades, nossa originalidade.A moda é muito importante, mas de uma certa forma e dita como devemos nos vestir. E a moda muda muito rapidamente fazendo com que joguemos nossas roupas de escanteio e compremos novas. A moda nos manipula, e muitas vezes nos faz esconder quem somos em termos de expressão visual. Tudo no sentido de sermos aceitas por uma maioria, e para não levarmos “alfinetadas”.

Sempre encontraremos algo na moda, seja que ano ou estação que for, que nos agrada e que combina conosco. E sempre encontraremos em nosso guarda roupas, algo que é da década, ano, estação passada, algo que não queremos deixar de usar, pois tem “a nossa cara”. É para essas coisas que devemos nos atentar, coisas que expressam nosso estilo próprio, nosso jeito de ser, e até mesmo nosso humor em determinado dia.

Lógico que existem formas diferentes de se vestir em determinadas situações, mas a originalidade está presente até mesmo nelas. Por exemplo em um jantar de gala no qual seja obrigatório o uso de vestido longo. Se você entrar nessa festa encontra muitos vestidos longos, mas encontrará formatos diferentes, assessórios diferentes, cores, sapatos, cabelos, modelos diferentes. Até mesmo a capacidade de se transformar em mulheres diferentes em situações diferentes diz muito sobre você no quesito versatilidade. Uma mulher que consegue se transformar assim, também consegue lidar com situações difíceis no dia a dia e sair vitoriosa. Ou uma mulher que consegue recorrer sempre ao “pretinho básico” é aquela que sempre se encaixa nas situações e também consegue sair dela de cabeça erguida.
As cores predominantes no seu visual demonstram muito o que você está sentindo, e mudanças nessas cores demonstram mudanças no seu estado de espirito. Dificilmente veremos uma mulher que está em luto usando uma estampa florida, ou uma mulher que acabou de encontrar um grande amor com uma roupa escura e sem muito corte.

Pode parecer superficial pensar nisso, mas é nossa expressão que está em jogo, nosso direito de mostrar quem somos através de nosso visual. Quem não tem aquela amiga que adora calças largas, blusa básica, tênis? Ou aquela que adora saia curta e blusa colorida? Ou aquela que está sempre de jeans e moletom? Ou aquela outra que não larga o salto alto? Podemos passar o dia todo pensando nas diferenças, mas pensemos em nós mesmas: “eu estou sendo fiel a mim mesma?”

Devemos valorizar nós mesmas na hora de escolher nossas compras, e não dar importância a determinados padrões, a menos que ele nos ofereça algo que encaixa no estilo próprio. E também parar de jogar fora as roupas “fora de moda”. Originalidade acima de tudo.
Lembrando que ser original não significa, necessariamente, vestir as mesmas roupas todos os dias em um padrão intocável, e sim saber escolher suas peças de forma que elas denunciem quem você é, não propositalmente, e sim espontaneamente.