Vou pular aquela parte manjada da origem do dia do trabalho que vôce descobre na 1º googlada e ir logo pra duas notícias que dei de cara ao abrir o G1 hoje.
Notícia 1:
"Dia do Trabalho é marcado por protestos pelo mundo"
Na Alemanha e Turquia, houve confrontos com a polícia.
No México, sindicatos tiveram que suspender ações por conta da doença."
Assista a esse video na Globo.com
Notícia 2:
"Shows atraem multidão no Dia do Trabalho" (São Paulo)
A primeira vista pensei "que coisa nao? protestos ao redor do mundo e festa no Brasil. Mas dando um lida melhor na notícia vi que em SP rolou alguns comícios e debates sobre a questão de mandar ou não mandar embora funcionários durante a crise.
Mas qualquer brasileiro sabe que a tendência em feriados, e o do dia do trabalho não fica de fora, é muito menos querer ir pra rua e/ou tirar um dia pra refletir sobre a importância do dia, seja ele dia do negro, índio, mulher ou trabalhador do que rachar uma gasosa pra curtir um FDS na cachoeira/praia com direito a nó no serviço (afinal os patrões vão estar viajando também).
Isso tem a ver com o alto nível de "foda-se" no jeitinho de ser brasileiro ou com o também alto nível de despolitzação? Acho que uma coisa não elimina outra.
É muito bom saber que vivo num país de gente alegre, feliz, que da risada a custo de qualquer coisa; mas não é tão bom saber que essa felicidade chega a nivel dopante de atuação, em que na mesma semana em que escandalos esdruxulos são mostrados na tv tudo é esquecido com a final do Big Brother e o empate (roubado, diga-se de passagem) do Flamengo com o Botafogo. Em que a porra de uma hora extra não paga é esquecida com um churrasco de final de ano da firma e em que o povo explorado e auto avaliado como impotente só sabe dizer "Desde que o mundo é mundo que as coisas são assim".
A democracia tem uma histtória conturbarda em nosso país:
Começou nas mãos de uma elite cafeeira que tornava o processo eleitoral claramente falso e corrupto (1889), depois foi solapada, pela alegria do povo e em certa medida com razão, por um cara chamado Getulio Vargas (1930), e esse tal de "pai dos pobres" foi o que ao mesmo tempo que deu uma renca de direitos trabalhistas, como carteira de trabalho e salário mínimo, também despolitizou a população: domando os sindicatos e conduzindo as festividades do dia do trabalho à sua maneira. Cai o "pai dos pobres" (1945), vivemos mais um curto periodo democrático, diga-se de passagem o mais conflituoso e e dinâmico em termos de luta políticas na história do país, então chega 1964 e os militares junto com o Brother Sam dão um chute no cu da democracia de vez, até que os caras pintadas e metalurgicos do ABC nos trazem ela de volta (1985) e nos jogam nessa nova era na qual nos encontramos. Mas parece que agora o povo já não sabe oque fazer com ela, age como uma criança que chorou por tanto tempo pra ter um brinquedinho mas quando ganha enjoa dele rápido, acha bobeira votar e resume a situação do congresso em "É tudo uns fé da puta".
Pra quem lê o blog e é brasileiro fica a mensagem, não deixem reduzir o dia do trabalho a um simples feriado coça saco, essa porra já deu muito trabalho pras antigas gerações.
Mas para não falarem que fui tendencioso na matéria:
0 Deduradas